3 comentários:
De [s.n.] a 9 de Outubro de 2019
Puxa, vida! (como diria uma amiga minha brasileira em casos que tais). E é um arrazoado, sim senhor. E muito oportuno.

Aproveitando este seu tema, de que aliás tenho estado à espera, amanhã ou depois irei deixar aqui mais um exemplo que me faltou quando anteriormente abordei a adopção de vocábulos estrangeiros por toda a gente que fala nas televisões e escreve nos jornais, isto quando se sabe que a completíssima língua portuguesa tem tradução ortográfica para todas as outras línguas vivas.

Ora o uso continuado, extemporâneo e disparatado dos meninos e meninas jornalistas e também políticos, comentadores e personalidades dos diversos quadrantes da sociedade, está errado e todos eles passam por macacos de imitação. Senão repare-se: um/a jornalista proferiu uma vez nas notícias o substantivo DETALHE em lugar de PORMENOR e toda a gente desatou a copiá-lo/a... incorrendo no mesmo exagero de linguagem sem que tal seja necessário ou sequer correcto no discurso falado ou escrito.
Maria
De Bic Laranja a 10 de Outubro de 2019
Obrigado!
«Detalhe» é galicismo, mas poucos se poderão lembrar. Consultei agora o Dicionário Etimológico de José Pedro Machado e diz-me ele que é de 1873 a sua introdução na língua portuguesa. Mas não dá abonos. Hei-de ir ao Corpus do Português procurar o «culpado». Não me admirava que fosse Eça de Queiroz.
«Restaurante» é outro igual e está de tal maneira aclimatado que «casa de pasto» soa até pomposo.
Cumpts.
De Bic Laranja a 10 de Outubro de 2019
Pois o «culpado» é afinal Diogo Ignacio de Pina Manique. O próprio, magistrado e Intendente-Geral da Polícia, logo no ano de 1781. E no séc. XIX Eça lá se apresenta com distinçaõ e a não desmerecer, porquanto tem a companhia de Garrett, Ramalho, Alencar, Euclides da Cunha — o Brasil a acompanhar os bons exemplos, não falhando no caso o belo sexo (ou o igual género, como se apregoa agora) na ilustríssima pessoa da Marquesa de Alorna.
:)
Cumpts.

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