Já contei esta uma vez.
No meu liceu havia três Antónios; um que era o Galo. Nã' sei já por que era o Galo. Tinha menos carisma do que uma galinha. Usava risco ao lado e uns óculos daquêles com lentes assim. Tinha muito mais ar de António do que de galo.
Outro era o António da Rua António Pedro. Era brincalhão e perturbava muito as aulas. Com uma professora de Biologia que nunca mandava calar ninguém ; calava-se ela, em vez). Nunca expulsava ninguém; era a professora mais complacente e passiva que se alguma vez já viu. Pois o António da Rua António Pedro fez tanta vez tantas, tantas, que finalmente conseguiu a ordem: – António, agora sai! – O tom foi tudo menos imperativo, diga-se, mas o António saiu, plácido e sereno.
Êste era o segundo António.
O terceiro eu não me lembrava, mas olha, lembrei-me agora! Era o Acabu. — O Acabu, pá! — Lembrei-me agora dos três Antónios e dêle quando vi uma da Rua António Pedro onde a fábrica de cervejas também acabu.
Rua Ant.º Pedro (trôço inf.), Lisboa, c. 1940.
Horácio Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.
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