Domingo, 7 de Junho de 2015

O Palácio da Praia e as bexigas doidas da política

O Palácio Praia; sede nacional do Partido Socialista, [s.n.], [s.l.], 2009, p. 16.

  Procurou-me há dias uma estimada leitora do palácio em que se instalou o Partido Socialista, ao Rato. Pois trata-se do antigo palácio do Marquês da Praia que ocupa o topo norte do Largo do Rato, entre a Rua das Amoreiras e a antiga Calçada da Fábrica da Louça, crismada em Calçada Bento da Rocha Cabral por edital da Câmara de (nem de propósito!) 7 de Junho de 1924.
 Segundo Norberto de Araújo (Peregrinações em Lisboa, Liv. XI)...

 Foi construído o Palácio do Rato cêrca de 1784 por um Luiz José de Brito, contador do Real Erário, sôbre chão de casas e quintais pertencentes à famosa fábrica da louça do Rato; no comêço de oitocentos era da viúva Brito, andou depois alugado, e foi mais tarde comprado pelo Barão de Quintela, do qual passou por herança ao Conde da Cunha e dêste ao Marquês de Viana, que já o possuía em 1828, e cuja espôsa era neta do Barão de Quintela.
 Em 1876 o palácio foi vendido ao visconde de Monforte, Luiz Coutinho de Albergaria Freire, dêste passou a sua sobrinha, D. Maria José, que casou com o conde da Praia, depois Marquês, António Borges Dias da Câmara e Sousa; dêste transitou a seus filhos, 2.º Marquês da Praia e Monforte, D. Duarte, e Condessa de Cuba [...]

 Interrompo aqui a peregrinação de Norberto de Araújo por deixar Trindade Coelho contar um episódio curioso deste 2.º Marquês, Duarte Praia, e por mostrar que as bexigas doidas da  política deram na história deste palácio ainda se não esfumara nas crónicas sociais lisboetas a opulência dos bailes dos marqueses de Viana, anteriores donos a ombrear com as faustosas festas dos condes de Farrobo, de Penafiel, do Carvalhal  e muito antes do famigerado caso da capela do Rato ou da sua posterior passagem à posse do bando político do P.S.

Antonio Horta (Alte), Duarte Praia (marquês da Praia), Antonio Lagoaça (conde de Lagoaça), in Nivel Academico, p. 3, apud Trindade Coelho, «In Illo Tempore», Aillaud, Paris-Lisboa, 1902, p. 141.  Quando morreu em Lisboa o rei D. Fernando [15/12/1885], alguns rapazes de Coimbra lembraram-se de ir á capital em commissão, a representar a Academia nos funeraes regios ! Ora precisamente n'esse anno, começavam a grassar pela rapaziada, lá em Coimbra, as bexigas doidas da politica, e as bexigas atacavam de preferencia os quartannistas — que são bachareis... em flôr!
 Como os feriadinhos estavam certos, e isso é que importava, a Academia nem sequer pensou em mandar
japonezes aos funeraes! Mas sempre houve tres que quizeram ir; — o Antonio Lagoaça, agora conde de Lagoaça e par do reino; o Duarte Praia, agora Marquez da Praia; e então o Antonio Alte, que andou pelo Brazil uns poucos d'annos, secretario de legação: — todos tres lisboetas da gemma!
 Por meio de bilhetinhos passados na aula, os tres lá arranjaram no Theatro Academico uma especie de assembleia a que chamaram geral, mas que não passou, em verdade, de particularissima; deram-se por nomeados para representar a Academia nos funeraes; e quando a briosa soube da historia, já iam todos caminho de Lisboa, muito satisfeitos!
 Ora a
pirraça poderia talvez passar, feita por outros! Mas feita por aquelles tres, era imperdoavel! Pertenciam todos á primeira ala dos polainudos, chamados assim porque faziam da polaina um chic, e acho que uma fidalguia, — e os polainudos, embora bons rapazes como aquelles tres, eram, como collectividade, quasi odiados! Aquelles bem o sabiam; e bem sabiam, também, que especie de diploma levavam na mala, a acreditál-os como enviados da Academia...
 Por isso, e prevendo tempestade na sua ausencia, entenderam-se antes de partir com o Antonio Cabral, que andava então no 5.º anno e tinha a sua influencia na rapaziada, — e pediram-lhe que se estalasse tempestade na ausencia d'elles, fizesse por a amainar.
 Prometteu o Antonio Cabral o que lhe pediam, — e os tres lá partiram emfim para Lisboa, representantes da Academia!
 Mas a tempestade não tardou a desencadear-se, e desencadeou-se furiosamente! Um
Aviso pegado nas portas do Club Academico chamava a Academia, offendida nos seus brios, a uma assembleia geral, com o fim de protestar contra os « usurpadores » !
 Andou o Antonio Cabral em bolandas, para ter mão no chinfrim [&c. &c.]

Trindade Coelho, In Illo Tempore; estudantes, lentes e futricas, Aillaud, 1902, pp. 121, ss.

 A usurpação como prática política baixa dos possidónios do palácio da Praia vem, pois, de longe...

 O palácio esteve dividido por partilhas entre os herdeiros do Marquês da Praia e era habitado por eles quando o autor das Peregrinações por lá passou em 1939, até que o 4.º Marquês, Borges Coutinho, o cedeu, arrendou e vendeu ao bando do P.S.

 Em 1977 era este o estado em que o arrendatário o exibia. O senhorio não devia estar para obras, mas os inqulinos não se perderam por ensaiar ornamentação na fachada... Ao depois de o comprarem lá o compuseram e ainda bem. Não sei se lhe não puseram até um daqueles avisos proibido afixar anúncios nesta propriedade, não venham de lá os esquerdóides democràticamente borrar o rico palácio de propaganda panfletária ou com esses acarinhados sucedâneos das Belas-Artes ditos arte urbana.

Palácio da Praia, Rato (Vasques, 1977)
Palácio da Praia, Rato, 1977.
Vasques, in archivo photographico da C.M.L.

 


Pormenores do palácio in O Palácio Praia; sede nacional do Partido Socialista, [s.n.], [s.l.], 2009, p. 16.
Representação de Antonio Horta (Alte), Duarte Praia (marquês da Praia), Antonio Lagoaça (conde de Lagoaça), in Nivel Academico, apud Trindade Coelho, In Illo Tempore, Aillaud, Paris-Lisboa, 1902, p. 141.

Escrito com Bic Laranja às 16:09
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15 comentários:
De [s.n.] a 9 de Junho de 2015
Muito agradecida:)

Olhe, já li os dados todos sobre a origem do Palácio e os seus primeiros donos e vou reler tudo outra vez. Gostei imenso. Ainda não fui ver os interiores (estive fora o dia todo) que creio estarem reproduzidos em fotografia numa das ligações que deixou. As seis que colocou são realmente deslumbrantes. Digamos que é um autêntico desperdício (para ser suave na adjectivação) estar alojada naquele sumptuoso edifício uma trupe tão desalmada.

Segundo li e achei curiosíssimo, naquele exacto lugar, antes da construção do dito, esteve situada a Fábrica Rato, de facto só é natural que tivesse sido esse o nome adoptado dado o local que lhe deu origem. Tenho uma amiga que colecciona estas faianças e tem uma colecção preciosa. Cada prato custa presentemente pra cima de um dinheirão.

Vou dar uma boa vista d'olhos pelas ligações que ainda não tive tempo de ver e depois dou-lhe a minha opinião.
Maria
De Bic Laranja a 11 de Junho de 2015
Obrigado eu!
Pode passar a primeira meia dúzia de páginas do livreco para onde remeto. Aquilo é da lavra dos donos da toca do Rato e a conversa é panfletária, não interessa nada à história do palácio.
:)
Cumpts.
De [s.n.] a 12 de Junho de 2015
Acabei de ler esta sua dica. Não encontrei o que refere na pesquisa que fiz ontem e hoje. Mas não vou perder. Fica para amanhã.
Maria
De [s.n.] a 12 de Junho de 2015
Esqueci-me d'acrescentar (num comentário enviado há pouco mas ainda não aparecido) que a fachada do Palácio, na altura da foto reproduzida, estava um verdadeiro nojo, para dizer o mínimo. E até, pelos vistos, por antecipação já o consideravam seu... - repare-se nos cartazes do aludido partido pespegados às centenas de uma ponta à outra da fachada. Mas também tudo qauilo era natural, por esta altura do maravilhoso novo regime já nos encontrávamos em pleno PREC e toda a sujeira produzida com que os seus integrantes emporcalhavam a cidade inteira e mesmo o País, fazia parte da tal 'liberdade' com que os chamados revolucionários nos presentearam e aquela bandalheira e mais que houvesse, não só era permitida aos extremistas de todos os matizes, como até era incentivada e, claro, tudo feito em honra da democracia e da pseudo-revolução.
Maria
De [s.n.] a 12 de Junho de 2015
Onde foi parar o meu comentário que precedeu o (meu) último?... Quando estava a tentar enviá-lo só me apareceu aquela informação a dizer que o mesmo havia sido recebido e que o proprietário do blogue tinha resolvido anotar todos os IP's... Mistérios do Sapo?
:)Maria
De [s.n.] a 14 de Junho de 2015
Desconfio que o tal comentário que enviei e não apareceu (e será que nunca mais?), deve-se essencialmente às minhas observações quanto à pseudo-aquisição do Palácio ou, o que se deduz da respectiva leitura mas estranhamente omitido nas informações a ele relativas, à sua cedência temporária(?) pelo seu último dono, Pedro Holstein Beck, o que é mais do que certo. Teci outras considerações, como por exemplo, sendo a zona nascente e a Capela (esta, doada pela sua última proprietária à C.M.L.) de um dono diferente do da zona poente, será que o partido socialista que nele se instalou em 1975, chamou a si a totalidade do edifício, já que parece estar por ele completamente ocupado?

E outra coisa. Durante o PREC (período negro da nossa História recente que se prolongou por muitos mais anos do que os oficialmente tidos como tal, pelo menos até ao ano de 1977 e diria bastantes mais. Referi em comentário anterior "1977 estávamos em pleno PREC", porém cabe-me rectificar, "1977, ano em que continuávamos imersos nele", nesta altura a fachada do Palácio estava coberta de uma ponta à outra de cartazes do partido socialista, conforme se pode ver na foto reproduzida. O que se pergunta é: precisamente porque o estavam, será que este partido antes de 77, ano em que o Palácio passou para as suas mãos (sem mais informação), o partido já o considerava como seu??? A pergunta põe-se porque era impensável que o Duque, seu dono na altura, no seu perfeito juízo, tivesse permitido que o conspurcassem daquele modo tão indecente e mesmo criminoso, porque atentatório dos direitos legais que assistem à propriedade privada...., isto, a menos que o edifício já lhes pertencesse por 'oferta' do Duque (pressionado? talvez, chantageado?), por promessa antiga (amizade entre Soares e D. Pedro?... muito duvidoso), porque já o tivessem debaixo d'olho (para a esquerda marxista-leninista, muito amiguinha dos pobrezinhos, só a sumptuosidade dos palácios lhes interessa, seja para sede de partido seja para sua própria residência) para daí a nada lhe chamarem um figo apoderando-se dele à má fila..., ou simplesmente ocupando-o através dos revolucionários que andavam entretidos a ocupar palácios, palacetes (Embaixada do México, para dar um só exemplo mas houve carradas deles), moradias e residências de luxo e milhares de etceteras, tudo feito com o beneplácito dos grandes democratas que nos vieram libertar da 'tenebrosa ditadura' com o objectivo gizado com dezenas d'anos de anterioridade, de terem campo livre para poderem praticar toda a espécie de ladroagem e criminalidade de sangue e económica de que só poderá haver termo de comparação possível com o que se passou na primeira República de que os mafiosos desta terceira são os seus descendentes directos, abnegados e prestimosos sucessores.

É muito capaz de ter acontecido esta última hipótese, isto porque todos sabemos perfeitamente do que a casa gasta.
Maria
De [s.n.] a 14 de Junho de 2015
Leia-se: "... que nele se instalou em 1977..."

"... período negro da nossa História recente)..." - fecha-se o parêntesis.

"... diria bastantes mais, (aqui é vírgula e não ponto parágrafo) conforme referi em comentário anterior..."

Maria
De Bic Laranja a 14 de Junho de 2015
Dão-se bem em ambientes luxuosos e requintados embora para fora projectem democràticamente o lixo panfletário.

Não sei como se enfiou o P.S. naquela toca. Não me admirava que o tivessem ocupado, mas admito que Borges Coutinho o tenha cedido em 75, considerando o conhecido caso da capela do Rato. Não lhe imagino as motivações. Dizem que o compraram em 86; deve ter sido aos herdeiros pois Borges Coutinho finou-se em 1981.

Não percebi a sua referencia aos Palmelas. Estão ligados aos Praias Monfortes?

Cumpts.

De [s.n.] a 16 de Junho de 2015
"Dizem que o compraram em 86; deve ter sido aos herdeiros pois Borges Coutinho finou-se em 1981.

"Não percebi a sua referencia aos Palmelas. Estão ligados aos Praias Monfortes?"

Quanto ao que diz no parágrafo acima, quer-me cá parecer que a compra (se é que a houve...) foi com os milhões roubados ao erário público e/ou ao ouro e divisas do Banco de Portugal (não foi logo nestes primeiros anos de 'democracia' que se perpetrou o escandaloso assalto da esquerda unida (a tal que se auto-intitula democrática, mas pouco!) às toneladas de ouro e de outras tantas divisas pertença absoluta do Estado Português e por inerência do seu Povo?..., então?!). Sabe-se que houve um roubo escandaloso e impune e sabe-se quem o praticou. E esta gente não compra coisa alguma para se instalar, limita-se a usurpar, roubar ou a ocupar violentamente tudo o que por cobiça lhe aguce o apetite, sem pedir autorização a quem quer que seja e com o maior dos descaros, como se tudo aquilo a que quisesse deitar as manápulas sujas lhe pertencesse por direito próprio.

Quanto ao parágrafo seguinte, encontrei essa informação que me pede num portal qualquer sobre os proprietários da ala poente, que ainda o eram em 1974/75, após alguma pesquisa extra que fiz sobre o Palácio. Não me lembro exactamente qual, mas irei à procura e depois informá-lo-ei.
Maria
De [s.n.] a 20 de Junho de 2015
Sobre o que lhe prometi, estive ontem mais de duas horas a pesquisar sobre o dito Palácio e respectivos (ex)donos. Há muita informação apagada e muita outra intencionalmente ocultada. Mas não desisti, vou pesquisar mais um bom bocado até a encontrar. Que eu li essa informação sobre Pedro Sousa Holstein Beck, isso é um facto assente. Espero que não tenha entretanto desaparecido. Aqui há semanas largas podia ler-se em dois ou três portais que o Palácio tinha ido parar ao partido socialista em 1977..., sem mais informação! Agora já vem escrito num destes portais que o dito partido o tinha adquirido..., mas a quem e por que preço, nada de nada! Pois.

No geneall.net estive ontem a ler uma série de perguntas e respostas (e agora mesmo, outras tantas) de leitores ou associados. A dada altura há um leitor que repete uma pergunta sobre este Palácio. Deduz-se que já a havia formulado anteriormente, não obtendo resposta. Não consegui localizar essa primeira pergunta.

Uma informação algo insólita que li, já vão vários dias, num destes sítios, é que a fabulosa colecção de pinturas de D. Pedro está guardada numa ala deste Palácio e se bem me lembro, num piso superior... (ala nascente, ala poente?). Uma coincidência tão curiosa quanto estranha. Para dizer o mínimo.

Vou continuar à procura do que lhe falei.
Maria
De Bic Laranja a 20 de Junho de 2015
Essa informação desaparecida há-de ter que se lhe diga.
Vamos a ver o que se descobre.
Obrigado.
De Bic Laranja a 13 de Junho de 2015
Não recebi mais comentários... Também já não tenho moderação de comentários activa. Não sei que se passou.
Lamento.

A porcaria da fachada era o modo democrático do P.R.E.C. e perdura. Se Deus fez paredes, taludes, tapumes, muros, o que seja, foi para a esquerda militante chapar a sua propaganda panfletária. -- A bem da verdade já vigorava antes do 25 de Abril; já vi em imagens passadas paredes besuntadas pelos esquerdóides cuja moral é essencialmente mural. Ùltimamente temos este destrambelho autorizado e oficializado até em carruagens de comboio, carreiras e carrinhas comerciais. Aguardemos com expectativa a sua chegada aos aviões na Portela e ao nosso automóvel.
Ca ganda civilização, pá!
Cumpts.
De [s.n.] a 14 de Junho de 2015
Já calculava. De qualquer modo é esquisito.
Li mesmo agora a sua resposta, logo após ter enviado o meu último comentário. Concordo em absoluto, infelizmente é tal e qual como diz/escreve.
Maria

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